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Igreja ou cartório: onde devo buscar meus antepassados?

Registro de batismo e Henrique Ribeiro em Bauru (Reprodução)

A pesquisa genealógica no Brasil passa, quase sempre, pelos cartórios e pela Igreja Católica. São os lugares onde estão a maioria dos documentos que vão auxiliar na procura de antepassados.

Basicamente são três tipos de registros encontrados: nascimento, casamento e óbito. No caso da igreja, o nascimento dá lugar ao batismo.

A questão é que a profundidade das informações que constam nos documentos é diferente. Em resumo, os registros dos cartórios são bem mais completos que os da igreja.

Para ilustrar essas diferenças, vou pegar um exemplo do nascimento/batismo do Henrique, irmão do meu bisavô Roldão. Vou transcrever parte dos documentos aqui. Primeiro o da igreja:

Aos seis de Janeiro de mil novecentos e oito, nesta Matriz do Espírito Santo de Baurú, baptizei solenemente a Henrique, nascido aos vinte e nove de Novembro último, filho legítimo de Henrique Ribeiro da Luz e de Antonia Maria Ribeiro: foram padrinhos José Moreira de Souza e Balbina Ribeiro da Luz, todos desta Parochia.”

Pronto, é o que consta. Já no caso do registro de nascimento no cartório, há informações extras importantíssimas para a pesquisa, como os nomes dos avós e o local mais preciso de nascimento. Veja só:

Aos seis dias do mes de Janeiro de mil novecentos e oito nesta villa de Bauru, Comarca de Agudos, Estado de S. Paulo, no cartório compareceu José Moreira de Souza, lavrador residente neste districto declarou que no lugar denominado Ribeirão Bonito nasce uma criança do sexo masculino que recebeu o nome de Henrique, filho legítimo de Henrique Ribeiro da Luz e Antonia Maria Ribeiro, tendo por avos paternos Manoel Teixeira da Luz e Maria Ribeiro e maternos Antonio Carlos Ribeiro e Maria Rita da Luz, todos brazileiros.”

Mas nem tudo é perfeito nos cartórios, que fique claro. Por exemplo, nesse registro não há a data exata do nascimento.

Mesmo assim, em geral, os documentos da igreja são mais sucintos. Claro que existem exceções. Já encontrei algumas durante as minhas pesquisas, mas via de regra, não espere muito mais do que os nomes dos pais nos batismos e matrimônios, e no máximo, nome do marido ou da esposa nos registros de óbito.

Isso não significa que os registros da igreja não são importantes. Muito pelo contrário. São fundamentais, principalmente porque acabam sendo praticamente o único recurso de pesquisa disponível antes de 1889.

Somente com a Proclamação da República é que foram instalados os cartórios civis. Em alguns casos, até antes, mas a grande maioria somente após 1889. Assim, o único caminho para buscar documentos acaba sendo a igreja. Pode dificultar um pouco para aumentar a árvore genealógica, mas torna a missão mais desafiadora.

De qualquer forma, se for posterior a 1889, e estiverem disponíveis tanto o registro do cartório como o da igreja, é o cenário ideal. Além de confirmar as informações, você poderá ter dados complementares.

E deixo uma dica final para pesquisar nas paróquias. A divisão administrativa das cidades não correspondia necessariamente com a divisão paroquial. Então é bem possível que algum registro de batismo, por exemplo, esteja numa paróquia que pertence à outra cidade. Valia muito a proximidade. Logo, vale sempre procurar nas paróquias ao mais próximas.

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