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Catastro de Ensenada: o incrível censo espanhol do século 18

Já escrevi aqui sobre a importância que os censos têm para a pesquisa genealógica, especialmente nos casos de Minas Gerais e São Paulo. Mas existe um censo que leva a pesquisa para outro nível. É o Catastro de Ensenada, realizado na Espanha na metade do século 18 e que reúne informações absurdamente aprofundadas sobre as cidades e seus habitantes, e por isso, extremamente ricas para compreender como era a vida dos antepassados.

O Catastro de Ensenada foi ordenado pelo rei Fernando VI a pedido do ministro Zenón de Somodevilla y Bengoechea, o marquês de Ensenada — daí vem o nome do censo — em 1748 e foi finalizado em 1752. O objetivo era colocar no papel toda a riqueza de toda a Espanha, na verdade, da Coroa de Castela. Isso exclui Canárias, os territórios bascos e a Coroa de Aragão (hoje Valencia, Catalunha e Aragão). São relatórios completos sobre cada cidade e as posses de cada morador, para que o governo pudesse implementar um sistema de impostos.

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No fim, o que foi um mecanismo puramente econômico para a Coroa de Castela, acabou se tornando um belo registro demográfico e as condições de vida de cada pessoa entrevistada pelos funcionários do Rei. Eram basicamente 40 itens a serem preenchidos, seja com informações da localidade como um todo ou sobre as terras dos chefes de família.

Área na qual foi realizado o Catastro de Ensenada. (Mapa: Instituto Geográfico Nacional da Espanha)

Quais informações estão disponíveis?

Além de informações básicas sobre a localidade, inclusive com um mapa ( às vezes bastante simples), há dados sobre cada fogo, ou seja, cada núcleo familiar. Em uma parte do Catastro de Ensenada há uma tabela mostrando cada núcleo, o chefe, sua profissão e pessoas que vivem no lugar, indicando as idades e grau de parentesco com o chefe. Esse é o básico, assim como vemos com censos de Minas Gerais e São Paulo, por exemplo.

Existe também uma mesma tabela destinada a pessoas ligadas à Igreja Católica, sejam padres, reverendos e qualquer pessoa da hierarquia eclesiástica, inclusive quem trabalhava para a igreja.

O grande diferencial, porém, é o detalhamento das posses de cada chefe de família. E são muitos detalhes mesmo. Começa com descrição dos imóveis, as casas, as terras (com área aproximada e formato), segue com o que se planta nas terras, a quantidade de vinhas, feno, pasto, árvores frutíferas, produtos prontos e assim por diante. É um belo retrato não só da terra em si, mas das condições financeiras das pessoas, o que é incrível para entender a história da família.

Como acessar o Catastro de Ensenada?

O censo da Coroa de Castela fica em posse dos arquivos provinciais, mas a boa notícia é que ele está todo digitalizado e disponível para consulta online e sem custo no site do FamilySearch. Para acessar basta buscar no Catálogo pela localidade que pretende pesquisar. Nos resultados, caso de fato a cidade tenha sido visitada pelo funcionário da Coroa, vai aparecer o item “Census” e “Censo, 1752”. Aí então é entrar nas imagens e ir página a página.

Em geral a organização do Catastro de Ensenada começa com dados da localidade, na sequência a tabela com pessoas ligadas à igreja e as respectivas propriedades. Depois a tabela com os moradores e a família. Por fim há o detalhamento das terras dos moradores, começando com um índice para facilitar a busca nominal e a página. É um caminho relativamente simples.

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